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Promessa de apartamentos para moradores do Riacho Doce ainda é incerta.

  • Beatriz Cristina
  • 12 de jan. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 20 de jan. de 2019

Publicado no Notícias do Jardim São Remo, em maio de 2018 e escrita em parceira com Larissa Carolina.



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Os habitantes do Riacho Doce enfrentam diversos problemas. Foto: Acervo Projeto Alavanca

Há mais de 5 anos, os moradores do entorno do Riacho Doce convivem diariamente com o mau cheiro, os riscos de enchente e doenças e de desmoronamento das moradias enquanto aguardam a construção dos apartamentos pela CDHU. As muitas promessas públicas de melhorias levam os moradores e a Associação de Moradores Jardim São Remo a lutarem por moradia digna e maior esclarecimentos do poder público.


A história das lutas sãorremanas por melhorias do Riacho Doce

Givanildo dos Santos, da Associação dos Moradores Jardim São Remo, revelou que na época, a Prefeitura alegou que não havia terreno disponível. Após manifestações dos moradores, foi criada na gestão do reitor Profº João Grandino Rodas, uma parceria entre CDHU e USP para permissão de uso de quatro terrenos da universidade. Onde é o conhecido “Buracanã”, seria construídos apartamentos, de uma creche, UBS e equipamentos de esporte, com o uso por  91 anos do terreno e podendo ser renovado por mais 90. Foram criadas também, comissões que conseguiram o cadastramento dos moradores do entorno do córrego. O reitor da USP afirmou que “Eu sei que vocês estão precisando de locais para tirar o pessoal daquela área. A área que os moradores estão é uma de risco 5 (numa escala de 0 a 5). Muito grave. Tá aqui o terreno, façam a urbanização daquela. Façam a urbanização daquele Riacho Doce porque senão vai acontecer alguma tragédia.”

A USP propôs criar um projeto de urbanização da área, com creches e serviços embaixo e moradias em cima. Givanildo teve mais de 10 encontros com a CDHU, cobrando o Secretário Estadual de Habitação Rodrigo Garcia, sobre a situação dos moradores e a demora da construção dos apartamentos. O Prof Osvaldo Nakao da Escola Politécnica da USP conversou, na época, por telefone com o Secretário, que alegando a crise,não liberou a verba pelo Ministério das Cidades. Porém, a verba já tinha sido autorizada desde o governo da ex-presidente Dilma Rouseff (PT), em 2014. O secretário tem conhecimento sobre, e inclusive, há uma maquete do projeto da construção, mas não levou o processo a frente.


E a luta continua...

Edileuza, que mora perto do córrego e recebe a Bolsa Aluguel. Ela disse que a promessa dos apartamentos vem há 6 anos. "O valor da Bolsa Aluguel é R$ 400,00. Não dá nem pra pagar o próprio aluguel. Disseram que teria apartamento para as pessoas que moravam na área de risco, mas até a agora não saiu nada. Já tem 6 anos que estamos recebendo esse bolsa aluguel, antes era 350 e agora aumentou para 400 e até agora não saiu nada de apartamento."

Givanildo ainda acrescenta:"Estado e Prefeitura não cumpriram sua parte. As pessoas continuam na Bolsa aluguel e não conseguem pagar aluguel decente porque na São Remo o aluguel tá caro. Das pessoas que conseguem, é naquele quartinho. É um dinheiro que poderia ser aproveitado para própria casa, se tivesse. Se der moradia para esse povo, para de gastar dinheiro público!"

 
 
 

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