Reestruturação de ônibus afeta a população.
- Beatriz Cristina
- 12 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de jan. de 2019
Publicado originalmente no Notícias do Jardim São Remo, em abril de 2018.

As mudanças ocorridas nas linhas da EMTU e o edital de consulta pública para reorganização dos ônibus municipais de São Paulo mostram que usar o transporte coletivo ainda é um problema para os moradores da São Remo.
De acordo com o edital lançado pela SPTrans, das 146 linhas da Zona Oeste, 46 poderão sofrer alterações. bEntre elas, as rotas 775V-10, 8707-10, (criada em uma reorganização anterior) e 719R-10 poderão ter seus itinerários reduzidos ou divididos em duas outras. Desta forma, o percurso feito por uma linha será feito em duas, sendo preciso pegar duas conduções. O objetivo da Prefeitura é controverso, aumentando o número de empresas de transportes e de sua cobertura, mas diminuindo o número de linhas e ônibus em circulação.
Enquanto isso,as linhas da EMTU 840 (Osasco Term. Metropolitano Luiz Bortolosso-Km21 /São Paulo - Metrô Butantã) e 61 (Carapicuíba- JD. Guapiuva / São Paulo - Metrô Butantã) estão sendo alternativa para os moradores que precisam chegar até o Metrô Butantã. Apesar de serem mais caras que as municipais, possuem menores intervalos de tempo e levam os moradores a procurar outras opções de transportes para a estação.
Em resposta, a SPTrans informou que o edital divulgado em seu site esteve em consulta pública até o dia 5 de março e que a fase atual é de análise e incorporação de diversas sugestões apresentadas. No início de abril será publicado o Edital já modificado pela incorporação das sugestões e trazendo novas alterações. Os novos contratos das empresas deverão ser assinados em junho. Após esse período, terá ainda seis meses para a assinatura da nova Ordem de Serviço e, só depois dessa é que terão início as modificações que forem mantidas, as quais deverão ocorrer ao longo de 36 meses. Além disso, garantiu-se que qualquer alteração só ocorrerá a partir de 2019.
Enquanto essas mudanças ainda não começaram, os sãorremanos reclamam dos antigos problemas das linhas da região e da falta de solução deles pela SPTrans e pelas empresas dos coletivos. O aumento de R$ 0,20 no preço das passagens não foi acompanhado pela melhoria na qualidade do serviço prestado: “Nos ônibus cheios, os homens vêm querendo encoxar e nós metemos o soco”, “Tá tudo muito ruim!” disseram Waldete e Samanta que trabalham como auxiliares de limpeza e, assim como a maioria dos entrevistados, reclamam dos apertos, do assédio e da falta de educação dentro dos ônibus.
תגובות